Tireoide e iodo

Tireoide e iodo

A tireoide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço e desempenha um papel crucial na regulação do metabolismo do corpo através da produção dos hormônios tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3). Estes hormônios influenciam vários aspectos do metabolismo, desde o crescimento até a produção de energia.

O iodo é um componente estrutural essencial destes hormônios tireoidianos. Sem uma quantidade adequada de iodo na dieta, a tireoide não consegue produzir hormônios tireoidianos suficientes, o que pode levar a problemas de saúde como o hipotireoidismo (produção insuficiente de hormônios tireoidianos) ou o bócio (aumento da tireoide).

Em muitas regiões do mundo, a ingestão de iodo é insuficiente devido a solos pobres em iodo. A ingestão diária de iodo recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 150 μg/dia para adolescentes e adultos, 250 μg/dia para mulheres grávidas e lactantes e 120 μg/dia para crianças de 6 a 12 anos de idade. Esta ingestão pode ocorrer pelo consumo de alimentos ricos em iodo como peixes e algas marinhas. Para prevenir deficiências, muitos países adotaram a iodação do sal de cozinha, uma medida eficaz para garantir que a população receba a quantidade adequada de iodo. No Brasil,  a iodação do sal para consumo humano é obrigatória por lei desde 1953.

A suplementação de iodo é frequentemente discutida em relação à saúde da tireoide e só deve ser indicada em áreas onde a ingestão de iodo é baixa, se a pessoa tem uma deficiência comprovada de iodo ou em mulheres gestantes ou lactantes.

Quais são os riscos da suplementação excessiva de iodo?

O excesso de iodo pode causar desequilíbrios na função tireoidiana, podendo levar ao aumento da produção dos hormônios tireoidianos, resultando em hipertireoidismo ou a diminuição da sua produção, resultando em hipotireoidismo. Além disso, pode ocorrer interação com outros medicamentos.

Antes de iniciar a suplementação de iodo, é importante consultar um médico para avaliar a real necessidade de suplementar. O ideal é garantir uma ingesta adequada de iodo por meio de uma dieta balanceada. Se a suplementação for necessária, ela deve ser monitorada para evitar excessos.